Comissão de Humanização do HSA dá suporte a pacientes, familiares e colegas de trabalho

Passados dois meses da chegada do coronavírus ao Brasil, um tema recorrente tem sido as medidas de precaução e orientação da população para que o vírus não se propague mais rápido que o desejado. Por mais que pareça repetitiva, as mensagens sobre proteção e higiene pessoal têm se mostrado eficientes. No Hospital Santa Ana, a Comissão de Humanização, formada por profissionais de distintas áreas, tem a responsabilidade de orientar os públicos que circulam e trabalham no local.

Junto aos funcionários e fornecedores, é intensificada a importância do uso diário da máscara no ambiente de trabalho. Também existe a prática de ginástica laboral, para amenizar a tensão. “Em encontros de conscientização com nossos profissionais estamos trabalhando sobre o entendimento do uso permanente de equipamentos de proteção individual (EPIs), higiene adequada das mãos, uso do álcool gel, paramentação com protetor facial, por mais que seja algumas vezes pareça desconfortável. Destacamos o uso racional de EPIs, sempre dialogando para a compreensão frente ao contexto geral”, explica o assistente social Rafael Bandeira.

Para suprir a necessidade de reuniões presenciais, as mídias sociais têm sido a maneira adotada para trocar ideias e informações sobre os atendimentos aos pacientes. “Isso cria um distanciamento e uma nova forma de trabalho que nos desafia muito, mas diante dessa pandemia conquistamos também importantes parcerias externas, como a doação de protetores faciais pela PUCRS, por exemplo”.

Pacientes de saúde mental

O HSA conta com 203 leitos pelo Sistema Único de Saúde, sendo 56 dedicados a pacientes de saúde mental. São 28 na ala infanto masculina e 28 na ala adulto feminina. Bandeira destaca que têm sido feitas ações específicas para este público, pela característica de um trabalho mais próximo, de troca de informações, como os círculos de voz, que contribuem para todos se visualizarem e se fortalecerem. “Diminuímos muito o formato presencial, adotando ações mais pontuais, mas respeitando as necessidades deles e adotando as medidas de precaução”.

Em outra ação, foram levadas dez pacientes femininas até o 5º andar do hospital – onde há uma área com vista externa –, com um grupo de assistência multiprofissional unido para trabalhar a conscientização da dependência química durante esse cenário de pandemia.

Diálogo com familiares

Outro foco importante é a conscientização dos familiares de pacientes para se preservarem não indo ao hospital para visitas. As restrições tiveram início no dia 20 de março. “Fizemos a mobilização de toda equipe multiprofissional envolvendo psicólogos, assistentes sociais, fonoaudiólogos, nutricionistas para explicar os riscos das visitas. Procuramos esclarecer que esse distanciamento seria um cuidado para si e para o paciente. Uma precaução por parte do HSA”, afirma Bandeira.

O assistente social reforça que o trabalho da equipe tem sido de contornar a situação com explicações e diálogo. “A Comissão de Humanização se mostra sempre disposta a dialogar com pacientes, familiares, colegas. O propósito é conscientizar sobre a realidade visando sempre um olhar próximo, oferecendo um carinho, um conforto para esse momento tão difícil”, finaliza.

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