A crença dos profissionais da saúde na potência dos usuários que acessam o CAPS AD IV – Centro Céu Aberto (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas) se materializou em um vídeo que começa a ser divulgado neste mês de agosto. A filmagem traz depoimentos repletos de sensibilidade sobre a paciente Denise Pereira Neto, falecida em junho, que em vida foi ativista do movimento negro e da população de rua. Em reconhecimento a todos os pacientes de saúde mental atendidos no local, foi dado seu nome ao espaço onde ocorre o primeiro acolhimento. Desde 2019, quando as atividades tiveram início, mais de mil pessoas já recorreram a esse CAPS, um dos quatro mantidos pela AESC, e o primeiro no Brasil em sua modalidade de atendimento.

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Para Arlete Fante, essa homenagem traduz o sentido do trabalho em equipe dentro de um CAPS. “Foi justamente a integração de diferentes profissionais que se dedicaram ao cuidado de tantos pacientes – dentre eles, a mulher Denise – que possibilitou unir diferentes capítulos dessa história, pela qual todos temos muito carinho. Essa história logo ganhou aliados e tomou forma, ganhou um rosto na placa com seu nome, ganhou voz e movimento em um vídeo, e sua memória está refletida no sonho e na esperança de cada usuário que circula dentro daquele serviço. E tudo isso ganha ainda mais relevância quando pensamos que um trabalho em equipe passa a fazer sentido quando as vozes tomam forma e as palavras voam. Nesse cenário, nos sentimos representados – e mais próximos – pelas palavras de Carl Jung, que diz: ‘Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana’. Com os profissionais do CAPS AD IV, aprendemos que empatia tem nome: generosidade”, avalia a gestora da Saúde Mental da AESC.

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