A partir da esquerda: enfermeiras Pâmela Campos, Catia Favreto e Bruna Fávero apresentaram resumos no 2º Encontro Gaúcho de Enfermagem em Saúde Mental e Psiquiatria / Fotos: arquivos pessoais


O 2º Encontro Gaúcho de Enfermagem em Saúde Mental e Psiquiatria, promovido pelo Conselho Regional de Enfermagem do Rio Grande do Sul (Coren-RS) no dia 20 de agosto, de forma online, contou com três trabalhos de profissionais da Enfermagem dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS AD) mantidos pela AESC.

Um destes está entre os vencedores do Concurso Científico, obtendo o segundo lugar entre os 14 selecionados e a inscrição garantida para o Encontro Nacional. O reconhecimento foi obtido pela enfermeira Pâmela Monique Campos, representando a equipe do CAPS AD III Noroeste/Humaitá/Navegantes/Ilhas (NHNI), com o relato de experiência “Novos olh(ar)es no cuidado em Saúde Mental: abordagens não farmacológicas”.

Arte e música para expressar afeto

De acordo com o resumo do relato, o objetivo foi “contextualizar a conexão do potencial das intervenções com a arte, música e práticas integrativas e complementares como recursos possíveis e não farmacológicos inseridos no Projeto Terapêutico Singular dos usuários”.

“Trazer a possibilidade de novas práticas em saúde para compor o cuidado dos usuários que fazem uso abusivo de álcool e outras drogas, trouxe à tona o que por muitas vezes estava ou ficava escondido/invisível sob o corpo desses usuários, e que não tiveram a possibilidade de expressar para o mundo ou para si essa forma de afeto,” destacou Pâmela.

Capa do trabalho de Pâmela, que conquistou o 2º lugar e foi premiado com participação no Encontro Nacional


Monitoramento telefônico nos CAPS AD III

Em outro trabalho apresentado, no resumo de autoria da Enfermeira Cátia Favreto, “Monitoramento Telefônico como estratégia de cuidado durante a pandemia por Covid-19 nos CAPS AD III da AESC”, foi exposto que a forma de abordagem visou à garantida do cuidado centrado na pessoa, o acompanhamento e o fortalecimento de vínculo de forma longitudinal a usuários, familiares e à sua rede social.

“Iniciamos, no dia 23 de março de 2020, a experiência de ‘busca ativa’ por meio de ligações telefônicas. Nascia, aí, um novo modelo de cuidado. Em abril do mesmo ano, com a nova experiência, implantamos um novo indicador: o monitoramento telefônico, que se tornou uma nova modalidade terapêutica para os CAPS AD III”, relata Catia.

No conteúdo, a enfermeira, que também se manifestou em nome dos colegas do CAPS AD III NHNI, complementa que “a nova tecnologia foi incorporada às atividades clínicas da saúde mental e os primeiros legados da pandemia da covid-19 incorporam as boas práticas da saúde mental”.


Os sinais que vêm da rua

O terceiro trabalho apresentado traz a experiência dos profissionais que atuam com usuários em situação de rua que acessam o CAPS AD IV Centro Céu Aberto. A enfermeira Bruna Fávero assinou o relato “Os sinais que vêm da rua e a produção do cuidado em liberdade em CAPS AD IV”.

“O CAPS AD IV vem consolidando um modelo de cuidado em crise, tornando-se a principal porta de entrada e referência de cuidado em saúde mental AD para a população em situação de rua ao trabalhar na lógica do cuidado “extramuros”. As demandas dos usuários que acessam o serviço provocam a construção de estratégias e articulação de cuidado de forma inovadora e criativa por parte da equipe,” afirmam os autores, no artigo.

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