Evento inédito reuniu usuários dos CAPS AD para usufruir de práticas esportivas em espaço público da Capital

A manhã do dia 26/01 foi dedicada à edição inédita dos Jogos de Verão dos CAPS AD, promovida nas quadras 20 e 21 da Orla do Guaíba, em Porto Alegre. A ação foi organizada pelas educadoras físicas do CAPS AD III e IV/AESC, educadores(as) sociais dos CAPS AD III e IV/AESC/SUS e residentes da Residência Multiprofissional em Saúde Mental Coletiva da UFRGS.

As atividades incluíram futebol, vôlei, frescobol, oficinas de Yoga, de slackline e do Grupo Movimente. Houve ainda auriculoterapia, bolhas de sabão gigantes e malabarismo, roda de samba e varal com a exposição de trabalhos artísticos dos CAPS AD.

Portuga, representante do Movimento dos Moradores em Situação de Rua de Porto Alegre, esteve presente e colaborou na mobilização dos usuários para participarem da atividade. Ele integra a equipe do jornal Boca de Rua, publicação produzida e distribuída por moradores em situação de rua.

Joel Moura da Silva e Andreina Soares, ambos do Centro POP II, também participaram do evento. O Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP), vinculado à Prefeitura de Porto Alegre, promove o atendimento social com equipe multidisciplinar para adultos, idosos e famílias em situação de rua, propondo aos usuários alternativas de enfrentamento à situação de rua e encaminhamentos junto à rede de serviços.

“Nós estamos com uma conexão massa com os CAPS AD, sempre bem alinhados com eles nas atividades de acolhida. Essa ação de hoje [Jogos de Verão] é essencial, positiva e precisa acontecer mais vezes. Quando acontece uma ação assim, de esporte e recreação, permite que nós possamos ajudar o acolhido a sair da situação em que está. Podemos mostrar que eles podem aproveitar esses espaços públicos”, destaca Joel Moura. “Isso também permite que a gente se aproxime mais dos CAPS AD que fazem parte do nosso território, e estejamos sempre presentes nas atividades”, complementa Andreina.

De acordo com as Coordenadoras dos CAPS AD III e IV da AESC/SUS, Bruna Fávero, Danara Dall’Agnol, Paula Adamy e Catia Favreto, a proposta dessa construção tem como objetivo o fortalecimento de vínculos para além dos CAPS, ampliando as relações para outros espaços de potência de vida e cuidado no território, na perspectiva da Clínica Ampliada e do fortalecimento do protagonismo e autonomia.

As gestoras trazem com referência científica Petuco e Medeiros (2010), os quais defendem que “para promover saúde é preciso transformar a cidade numa máquina de produzir cuidado”. Nesse sentido, a Redução de Danos é tomada como diretriz e, também, como uma ferramenta importante no cuidado das pessoas que usam álcool e outras drogas, por possibilitar a produção de saúde, cidadania e ampliação de repertórios de cuidado, promovendo também articulação com outras redes institucionais e não institucionais, acionando, para isso, lideranças comunitárias que operam na lógica da inserção social e pertencimento, entre outras.

Organização

A inciativa integrou os quatro serviços sob a gestão da AESC:

  • CAPS AD III Sul Centro Sul (Educadores Sociais: Talita Taiane Oliveira, Eduardo Rafael Santos dos Santos, Eidimar da Silva Lopes e João Pereira Brito e Residentes: Laura Martins e Larissa Junqueira);
  • CAPS AD III Partenon Lomba do Pinheiro (Educadores Sociais: Bento Fagundes Pereira Junior, Deivid Garcia Gouvea e Diego Silveira);
  • CAPS AD III Noroeste (Educadores Sociais: Nathalie Barboza Reis Cícero Adão Gomes de Almeida Douglas Alexandre da Rosa e Residentes: Jenaína Tres Ana Maria Nascimento jardim Thamires Gomes Sales), Humaitá, Navegantes e Ilhas;
  • CAPS AD IV Centro Céu Aberto (Educadores Sociais: Adriano Souza dos Santos, Jamine Goulart Nascimento de Souza, Júllia Kayser e Luiz Gabriel Marini Caldas e Educadora Física: Maiara Martins Pacheco).
  • Parceiros: Rádio na Rua, o Ambulatório Trans, a Área Técnica de Saúde da População Negra e a Área Técnica de Saúde da População em Situação de Rua, a Guarda Municipal de Porto Alegre, o jornal Boca de Rua e o Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP II).

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