Taíse Scapin é a responsável técnica pela Enfermagem no Hospital Santa Luzia, em Capão da Canoa / Foto: Arquivo Pessoal

A pandemia da Covid-19 ainda está presente. Requer cuidado, proteção, prevenção. Mas para as pessoas que precisam de assistência hospitalar para superar a doença, um dos remédios mais importantes é a humanização. Dessa forma, muitas altas se tornaram possíveis, pois além do conhecimento em saúde, dos aparelhos e dos medicamentos, havia na linha de frente profissionais como a enfermeira Taíse Scapin, 34 anos. Responsável técnica pela Enfermagem no Hospital Santa Luzia, em Capão da Canoa, ela acredita na acolhida, desde os pacientes aos seus familiares, para o melhor desfecho da internação. “O amor cura”, afirma. 

Taíse tem sua carreira toda desenvolvida na AESC. Inspirada em sua tia Célia, descobriu a vocação e ingressou no curso de Enfermagem na Ulbra, campus Torres. “O cuidado dela com as pessoas me chamava atenção. Ela dizia que o enfermeiro passava muito tempo perto do paciente”, recorda.

Ainda como universitária, fez um estágio remunerado no Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, em Torres. O reconhecimento interno de sua capacidade a levou para a seleção de uma vaga em Capão da Canoa, no Hospital Santa Luzia. Isso motivou a mudança para a cidade e a garantia do primeiro emprego, um dia após a formatura.

A UTI é onde a família nos entrega seu bem mais precioso. Devemos respeito aos pacientes, agir com empatia, respeitar a privacidade, crenças e pudores”

Enf. Taíse Scapin

“A UTI é o lugar de investir tudo na vida”

Efetivada, cobriu folgas e férias de colegas, até chegar à Unidade de Internação 2 (UI), com pacientes clínicos, cirúrgicos e maternidade. “Era um dos meus sonhos trabalhar na UI, foi o início da minha vida profissional enquanto estagiária. Tenho paixão por lidar com a vida, pela rotatividade de pacientes, pelos aprendizados clínicos. Fiz cursos para trabalhar com gestantes e acompanhava as puérperas após a alta”, lembra. Com o tempo, veio o desafio de atuar na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e novos aprendizados.

“Na Faculdade, eu via a UTI como um lugar de óbitos. Ao chegar no hospital, percebi que é um lugar de viver, de investir tudo na vida. É onde a família nos entrega seu bem mais precioso. Devemos respeito aos pacientes, agir com empatia, respeitar a privacidade, crenças e pudores. Sempre procuro passar isso para as equipes”, reflete Taíse.

Aprender, compartilhar e crescer

Trabalhos em Unidade de Internação, UTI, na maternidade, na agência transfusional (captação de sangue e hemoderivados), atuação na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), grupo de lesões e na Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) garantiram prática e experiência.

Em 13 anos de carreira, se qualificou com a Especialização em Gestão de Serviços de Saúde, pela Ulbra, capacitação em Internação Domiciliar, Mistério da Saúde, pelo Grupo Hospitalar Conceição e com diversos outros cursos. Em paralelo ao Hospital, também lecionou. “Fui docente na formação de técnicos de Enfermagem, na disciplina sobre UTI. Sempre disse aos alunos que o amor cura. Precisamos valorizar ‘os 30 minutos de ouro’ das visitas e preparar os familiares para levarem esperança ao entrar no quarto. Isso ajuda a recuperar o paciente”, ensina.

Em fevereiro deste ano, assumiu como RT de Enfermagem. O novo cargo chegou no período mais crítico da pandemia até o momento, e tem proporcionado muitos aprendizados em gestão.

“Cuidamos do amor da vida de alguém”

Taíse em um dos seus momentos de folga, dedicados ao filho Benjamin / Arquivo Pessoal

Além da atuação no Hospital, Taíse dedica tempo e atenção à família. Mãe de Benjamin, 5 anos, e esposa de Fábio, aproveita os momentos livres para um chimarrão à beira-mar, quando possível. Lembrar aos colegas de que “por trás da profissional há uma pessoa” é importante para ela, pois isso contribui no melhor exercício da profissão.

“Ser enfermeira, para mim é, acima de tudo ter respeito à vida, às pessoas. É viver a humanização em todo o processo, da acolhida à alta. Estamos sempre lidando com o amor da vida de alguém e precisamos nos colocar no lugar do outro, pois também somos o amor de alguém”, compartilha.

Este post tem 2 comentários

  1. Taise!!!mto orgulho e respeito, admiração temos de você,eu,Walter,Fran e Mi. Amanhã comemora-se o dia do enfermeiro grata ficou eu por nos representar !!!Parabéns pela competência e dedicação profissional da enfermagem.

  2. Lindaaa! 😍 Amo ❤

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