Profissionais do Hospital Santa Luiza, em Capão da Canoa / Foto: Arquivo Pessoal

Como instituição filantrópica, a Associação Educadora São Carlos tem o compromisso legal de oferecer 60% dos serviços prestados em saúde voltados a pacientes do SUS. No entanto, para além de uma obrigação legal, a vocação de acolher da Congregação das Irmãs de São Carlos Borromeo – Scalabrinianas, responsável pela AESC, se faz presente, a cada dia. Em diferentes localidades e realidades sociais, é levada assistência de qualidade a quem mais precisa, com profissionais preparados e dispostos. Em 2020, esse comprometimento se ampliou com a chegada do novo coronavírus, mas a pandemia não foi o único foco nos últimos 12 meses. Conheça, a seguir, os destaques do segmento de Hospitais e Serviços de Saúde Pública da AESC.

HOSPITAL SANTA ANA

No dia 9 de março, teve início a oferta da terapia conhecida como estimulação precoce, voltada a recém-nascidos de risco ou com alguma deficiência para o desenvolvimento motor e cognitivo. O serviço está disponível por meio do Centro Especializado em Reabilitação Auditiva e Intelectual (CER II), fornecendo orientação aos pais, responsáveis e cuidadores. O CER II, em outubro, completou seu primeiro ano de atividades, sendo uma nova referência em seu segmento no Rio Grande do Sul e beneficiando mais de 700 pacientes.

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Referência para o Ministério da Saúde

No 14 de outubro, uma equipe com três representantes do Ministério da Saúde esteve no Hospital Santa Ana (HSA). O objetivo foi conhecer a estrutura e os serviços da Instituição, reconhecida como referência em cuidados prolongados. A passagem dos gestores por Porto Alegre integrou um roteiro nacional para o conhecimento das melhores práticas visando à recuperação de pacientes pós-Covid, com foco na reabilitação, retorno às atividades e retomada da capacidade funcional.  O roteiro da visita contemplou todos os andares do HSA, o prédio administrativo, as unidades de saúde mental feminina e infanto, além do Centro de Especializado em Reabilitação Auditiva e Intelectual (CER II).

 

HOSPITAL SANTA LUZIA

 

Em janeiro de 2020, a gestão do Hospital Santa Luzia (HSL), com orientação da área de Comunicação Corporativa, renovou e aprimorou contrato com a Rádio Horizonte e o jornal A Folha do Litoral, ambos de Capão da Canoa. Antes, com apenas um anúncio mensal, o novo compromisso abriu espaço nos dois veículos para divulgar os serviços do HSL, orientações sobre saúde e bem-estar, além de ações institucionais da AESC. No período de fevereiro a novembro, foram entrevistados especialistas em Infectologia, Pediatria, Nutrição, Enfermagem, Neurocirurgia e Radiologia, além da gerente administrativa Aline Sassi. A iniciativa aproxima o HSL da comunidade por meio de informação de qualidade.


Campanhas rendem novos respiradores

O início da pandemia do novo coronavírus despertou a solidariedade da comunidade caponense que, por meio de entidades representativas, captou recursos revertidos em dois respiradores, equipamentos de proteção individual (EPI) e coletiva (EPC). As mobilizações foram lideradas pela Associação Comercial, Industrial e Prestadora de Serviços de Capão da Canoa e Xangri-lá (ACICC), da Associação dos Corretores de Capão da Canoa (Acica) e da Associação dos Construtores e Incorporadores da Construção Civil de Capão da Canoa (Associc). A UTI do Hospital agora conta com dois ventiladores mecânicos Philips V60, além da capacitação que preparou profissionais para operá-los.  

 

HOSPITAL NOSSA SENHORA DOS NAVEGANTES

 

Costureiras criam equipamento reabilitação

Uma nova solução foi desenvolvida para beneficiar os pacientes da UTI do Hospital Nossa Senhora dos Navegantes (HNSN), em Torres. A equipe de costura e o serviço terceirizado de fisioterapia criaram, em fevereiro, um dispositivo inovador, com base em outros modelos, para ajudar na prevenção de uma sequela conhecida como “pé de bailarina”, que ocorre devido à posição dos pés no leito. Participaram da iniciativa as costureiras Lurdes Alves e Simone Antoniak, no setor liderado pela supervisora de Operações Janaina Guimarães, e a fisioterapeuta Roberta Bauer.

 

Mobilização, afeto e informação na pandemia

Desde o começo de março, os profissionais do HNSN se mobilizaram para cuidarem dos pacientes, da comunidade e de si mesmos, para o enfrentamento à Covid-19. Nas semanas iniciais e ao longo do primeiro semestre, foram ocupados importantes espaços na imprensa local, com entrevistas da Direção Médica esclarecendo a população. Em paralelo, os profissionais da equipe assistencial eram confortados, em meio à tensão pela doença desconhecida, com manifestações de carinho, como desenhos enviados por crianças dos municípios próximos. Ainda, empresários e entidades promoveram doações de EPIs, além de recursos, como no caso do Troco Amigo Panvel Covid-19.

 

CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL – CAPS AD

 

Vídeo e Espaço Denise Pereira Neto

A crença dos profissionais da saúde na potência dos usuários que acessam o CAPS AD IV – Centro Céu Aberto (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas), único na modalidade 7x24h no Brasil, se materializou em um vídeo. A filmagem traz depoimentos repletos de sensibilidade sobre a paciente Denise Pereira Neto, falecida em junho, que em vida foi ativista do movimento negro e da população de rua. Em reconhecimento a todos os pacientes de saúde mental atendidos no local, foi dado seu nome ao espaço onde ocorre o primeiro acolhimento. Com cerca de 3.700 visualizações, é o conteúdo audiovisual com mais acessos no perfil da AESC no YouTube.


Inovação na pandemia

A pandemia mostrou a capacidade de os CAPS AD III e IV mantidos pela AESC se reinventarem frente ao maior desafio da saúde no século 21. No período mais tenso do distanciamento social, a partir do Plano de Contingência, foram adotadas medidas de prevenção à disseminação do coronavírus dentro dos serviços. Com toda preparação e segurança garantidas por meio de um trabalho prévio de atenção e cuidado ao cuidador, os profissionais se sentiram seguros e os usuários tiveram confiança para seguir frequentando os CAPS AD.

Inovador, o serviço de monitoramento telefônico levou conforto e atenção a centenas de usuários que não podiam seguir seu tratamento presencialmente. Com a Incubadora SUS, houve incremento na qualificação técnica para o trabalho. Além disso, houve ações como o Consultório na Rua, com profissionais abordando a população em situação de rua.

As experiências disruptivas ganharam espaço e valorização em congressos de saúde nacionais, além de ampliarem o número de usuários assistidos, em relação ao ano de 2019, mesmo com o distanciamento social.

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